sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Para refletir
Pare de carregar a mala dos outros!
por Marlene Damico Lamarco
Você acredita que carrega malas alheias?
Vamos fazer um exercício?
Como você reage quando seu filho não quer fazer a lição? Ou quando
alguém não consegue arrumar a própria mala para a viagem de férias,
perde a hora do trabalho com frequência, gasta mais do que ganha… e
muitas coisinhas mais que vão fazendo você correr em desvario para
tapar buracos que não criou e evitar problemas que não afetam sua vida
diretamente?
Não afetam a sua vida, mas afetam a vida de pessoas queridas, então,
você sai correndo e pega todas as malas que estão jogadas pelo caminho
e as coloca no lombo (lombo aqui cai muito bem, fala a verdade) e a
sua mala, que é a única que você tem a obrigação de carregar, fica lá,
num canto qualquer da estação.
Repetindo, a sua mala, que é a única que você tem obrigação de
carregar, fica lá jogada na estação!
Temos uma jornada e um propósito aqui neste planeta e quando perdemos
o foco, passamos a executar os propósitos alheios.
A estrada é longa e o caminho muitas vezes nos esgota, pois o peso da
carga que nós nos atribuímos não é proporcional à nossa capacidade, à
nossa resistência e o esgotamento aparece de repente.
Esse é o primeiro toque que a vida nos dá, pois, quando o investimento
não é proporcional ao retorno, ou seja, quando damos muito mais do que
recebemos na vida, nos relacionamentos humanos ou profissionais, é
porque certamente estamos carregando pesos desnecessários e inúteis.
Quando olhamos para um novo dia como se ele fosse mais um objetivo a
cumprir, chegou a hora de parar para rever o que estamos fazendo com o
nosso precioso tempo. O peso e o cansaço nos tornam insensíveis à
beleza da vida e acabamos racionalizando o que deveria ser
sacralizado.
É o peso da mala que nos deixa assim empedernido.
Quanto ela pesa?
Quanto sofrimento carregamos inutilmente, mágoa, preocupação,
controle, ansiedade, excesso de zelo, tudo o que exaure a nossa
energia vital.
E o medo, o que ele faz com a gente e quanta coisa ele cria que muitas
vezes só existe dentro da nossa cabeça?
Sabe que às vezes temos tanto medo de olhar para a própria vida que
preferimos tomar conta da vida dos filhos, do marido, do pai, da mãe…
e a nossa mala fica na estação…
O momento é esse, vamos identificar essa bagagem: ela é sua? Ótimo,
então é hora de começar uma grande limpeza para jogar fora o lixo que
não interessa e caminhar mais leve.
Agora, se o excesso de peso que você carrega vem de cargas alheias,
chegou a hora de corajosamente devolvê-las aos interessados.
Não se intimide, tampouco fique com a consciência pesada por achar que
a pessoa vai sucumbir ao fardo excessivo. Ao contrário, nesse momento
você estará dando a ela a oportunidade de aprender a carregar a
própria mala.
A vida assim compartilhada fica muito mais suave, pois os
relacionamentos com bases mais justas e equânimes acabam se tornando
mais amorosos, sem cobranças e a liberdade abre um grande espaço para
a cumplicidade e o afeto.
Onde está a sua mala?
Cada qual sabe amar a seu modo;
o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis
"A Lei da mente é implacável; o que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita torna-se realidade!"
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Obaaa! Obrigada pelo carinho! Jajá te respondo!
Beijinhos :)